domingo, 10 de maio de 2009

Oralidade e Escrita

Na última aula de TAELP, dia 7 de maio, a minha turma discutiu o texto sobre oralidade e escrita. Não pude estar presente nesse momento, infelizmente. Porém eu já havia estudado o texto e agora vou falar um pouco sobre o que li.
É um texto que discute a língua falada, alguns estudos sobre esse assunto, a organização do texto tanto na língua falada quanto na escrita e a coesão e coerência em textos falados.
Esse texto foi bastante esclarecedor para mim, pois através dele eu pude perceber que á língua falada é tão importante quanto a escrita, um exemplo disso é que tirando as patologias todos sabem falar, mas nem todos sabem escrever.  Outro fator considerável, é que todas as culturas fazem uso da comunicação oral.

Um dos motivos para que sejam feitos vários estudos sobre a língua falada se dá, de um lado porque o aluno já sabe flaar quando chega a escola e por outro lado, a fala influencia a escrita nos primeiros anos esolares.

A língua falada foi considerada até a década de 1960 como lugar do caos, mas com o surgimento dos estudos sobre esse tipo de linguagem, ela deixa de ser vista como mera verbalização e passa a ser incorporada, nas análises textuais.

Enfim, estudando esse assunto eu cheguei a perceber que tenho grandes dificuldades quanto a organização de textos, pois não sei diferenciar um texto narrativo de um dissertativo. Pasmem, mas essa é a minha realidade e com o intuito de mudá-la eu fiz uma busca na internet e aqui segue seu resultado.

 


Texto Dissertativo
 
Dissertar é o mesmo que desenvolver ou explicar um assunto, discorrer sobre ele. Assim, o texto dissertativo pertence ao grupo dos textos expositivos, juntamente com o texto de apresentação científica, o relatório, o texto didático, o artigo enciclopédico. Em princípio, o texto dissertativo não está preocupado com a persuasão e sim, com a transmissão de conhecimento, sendo, portanto, um texto informativo. 
Os textos argumentativos, ao contrário, têm por finalidade principal persuadir o leitor sobre o ponto de vista do autor a respeito do assunto. Quando o texto, além de explicar, também persuade o interlocutor e modifica seu comportamento, temos um texto dissertativo-argumentativo. 
O texto dissertativo argumentativo tem uma estrutura convencional, formada por três partes essenciais.


Introdução
Que apresenta o assunto e o posicionamento do autor. Ao se posicionar, o autor formula uma tese ou a idéia principal do texto. 
Teatro e escola, em princípio, parecem ser espaços distintos, que desenvolvem atividades complementares diferentes. Em contraposição ao ambiente normalmente fechado da sala de aula e aos seus assuntos pretensamente “sérios” , o teatro se configura como um espaço de lazer e diversão. Entretanto, se examinarmos as origens do teatro, ainda na Grécia antiga, veremos que teatro e escola sempre caminharam juntos, mais do que se imagina.(tese)


Desenvolvimento
Formado pelos parágrafos que fundamentam a tese. Normalmente,  em cada parágrafo, é apresentado e desenvolvido um argumento. Cada um deles pode estabelecer relações de causa e efeito ou comparações entre situações, épocas e lugares diferentes, pode também se apoiar em depoimentos ou citações de pessoas especializadas no assunto abordado, em dados estatísticos, pesquisas, alusões históricas. 
O teatro grego apresentava uma função eminentemente pedagógica. Com sua tragédias, Sófocles e Eurípides não visavam apenas à diversão da platéia mas também, e sobretudo, pôr em discussão certos temas que dividiam a opinião pública naquele momento de transformação da sociedade grega. Poderia um filho desposar a própria mãe, depois de ter assassinado o pai de forma involuntária (tema de Édipo Rei)? Poderia uma mãe assassinar os filhos e depois matar-se por causa de um relacionamento amoroso (tema de Medeia e ainda atual, como comprova o caso da cruel mãe americana que, há alguns anos, jogou os filhos no lago para poder namorar livremente)? 
Naquela sociedade, que vivia a transição dos valores místicos, baseados na tradição religiosa, para os valores da polis, isto é, aqueles resultantes da formação do Estado e suas leis, o teatro cumpria um papel político e pedagógico, à medida que punha em xeque e em choque essas duas ordens de valores e apontava novos caminhos para a civilização grega. “Ir ao teatro”, para os gregos, não era apenas uma diversão, mas uma forma de refletir sobre o destino da própria comunidade em que se vivia, bem como sobre valores coletivos e individuais. 
Deixando de lado as diferenças obviamente existentes em torno dos gêneros teatrais (tragédia, comédia, drama), em que o teatro grego, quanto a suas intenções, diferia do teatro moderno? Para Bertold Brecht, por exemplo, um dos mais significativos dramaturgos modernos, a função do teatro era, antes de tudo, divertir. Apesar disso, suas peças tiveram um papel essencial pedagógico voltadas para a conscientização de trabalhadores e para a resistência política na Alemanha nazista dos anos 30 do século XX. 
O teatro, ao representar situações de nossa própria vida – sejam elas engraçadas, trágicas, políticas, sentimentais, etc. – põe o homem a nu, diante de si mesmo e de seu destino. Talvez na instantaneidade e na fugacidade do teatro resida todo o encanto e sua magia: a cada representação, a vida humana é recontada e exaltada. O teatro ensina, o teatro é escola. É uma forma de vida de ficção que ilumina com seus holofotes a vida real, muito além dos palcos e dos camarins.


Conclusão
Que geralmente retoma a tese, sintetizando as idéias gerais do texto ou propondo soluções para o problema discutido. Mais raramente, a conclusão pode vir na forma de interrogação ou representada por um elemento-surpresa. No caso da interrogação, ela é meramente retórica e deve já ter sido respondida pelo texto. O elemento surpresa consiste quase sempre em uma citação científica, filosófica ou literária, em uma formulação irônica ou em uma idéia reveladora que surpreenda o leitor e, ao mesmo tempo, dê novos significados ao texto. 
Que o teatro seja uma forma alternativa de ensino e aprendizagem, é inegável. A escola sempre teve muito a aprender com o teatro, assim como este, de certa forma, e em linguagem própria, complementa o trabalho de gerações de educadores, preocupados com a formação plena do ser humano.      (conclusão) 
Quisera as aulas também pudessem ter o encanto do teatro: a riqueza dos cenários, o cuidado com os figurinos, o envolvimento da música, o brilho da iluminação, a perfeição do texto e a vibração do público. Vamos ao teatro! (elemento-supresa) 
(Teatro e escola: o papel do educador: Ciley Cleto, professora de Português).

Atenção: a linguagem do texto dissertativo-argumentativo costuma ser impessoal, objetiva e denotativa. Mais raramente, entretanto, há a combinação da objetividade com recursos poéticos, como metáforas e alegorias. Predominam formas verbais no presente do indicativo e emprega-se o padrão culto e formal da língua.



* Texto Narrativo


Se narrar é contar algo, é preciso levar em consideração que o homem sempre quis contar histórias. 
Tanto nas novelas televisivas quanto numa parede de pedra em Altarnira existem fatos que o narrador quis legar para a futuridade. Num quadro, nas histórias em quadrinhos, numa fotografia familiar antiga, na letra de uma música, em urna simples piada, nas páginas policiais, lá está o legado humano: a história, uma história; a recriação de toda a realidade. 
O ensaísta inglês Edmund Forster, teórico da literatura, em seu "Aspectos do Romance", garante que narrar é uma atividade atávica, que todo homem é um guardador de histórias, um criador de narrativas. 
Quem nunca ouviu falar em Sherazade que conseguiu safar-se da morte por degolamento porque sabia contar lindas histórias e, assim, fez com que o sultão a livrasse da sentença que aplicava às outras mulheres do harém e, admirando-a, fez dela sua esposa? Quem nunca ouviu falar do Decameron, de Bocaccio, histórias contadas entre si por um grupo de jovens que se protegiam da peste, isolados num castelo, esperando que a praga passasse e pudessem voltar para seus pais? 


Narrar é reinventar o mundo, é recriar a vida, é tentar ser uma espécie de Deus criador de destinos. Toda narrativa pressupõe quatro elementos básicos: personagem, tempo, ação e espaço. Não existe narrativa sem esses quatro componentes. Observe agora de que se compõe a estrutura narrativa.


A estrutura narrativa
Se tomarmos em consideração o romance, a novela ou o conto, o enredo terá de desenvolver-se da seguinte forma: 

Seqüência inicial (ou Exposição)
Dá-se quando são apresentados ao leitor personagens, cenários, tempo. 
É quando há uma multiplicidade de situações ainda não delineadas, criaturas que são vistas individualmente, ambientes que formam apenas um pano de fundo. Geralmente, as narrativas iniciam-se por um conflito (lance inicial), um problema, uma dúvida. Tome como exemplo Memórias Póstumas de Brás Cubas: um narrador defunto contará a sua história; ou como em D. Casmurro: o narrador quer "atar as duas pontas da vida"; ou como em Senhora: o relato de Aurélia Camargo que "compra" um marido de pouco estofo moral por cem contos de réis.


Desenvolvimento narrativo
Decorre do encadeamento de feitos, ações. Os "destinos" das personagens se entrelaçam, aproximando-as, distanciando-as: as complicações narrativas encadeiam- se lentamente, o leitor é levado a conhecer o que propõe o texto. Histórias de personagens secundários e protagonistas se misturam seqüencialmente até que, finalmente, atinjam o clímax, ponto mais alto da narrativa, ocasião em que tudo se esclarece: vilões são punidos, amores são refeitos, criaturas se aproximam, tragédias ocorrem. Tomemos o exemplo da descoberta, por parte de Riobaldo, no livro Grande Sertão: Veredas, de Guimarães Rosa, de que Diadorim é uma mulher.


Desfecho ou desenlace
É a conclusão, o "arremate" do texto. 
Suponha uma novela de TV. Mocinho e mocinha felizes e casados, vilão preso, tudo em paz. Você já pode até adivinhar o que vai acontecer no "arremate", acabamento: as personagens menores se acomodam em seus destinos, nasce uma criança, um casamento se faz. Todos serão felizes ou prosseguirão de qualquer modo suas vidas. É o fim da narrativa.

Fonte: http://www.algosobre.com.br/redacao/narrativa.html

 

Por enquanto é só!

Abraços,

Iracema

 

terça-feira, 5 de maio de 2009

Gêneros de Textuais e Tipos de Textos


Durante nossa última aula surgiu a seguinte discussão: "Qual a diferença entre gêneros textuais e tipos de textos?" . Espantoso, mas realmente até aquele momento eu não sabia nem a diferença e muito menos definir esses conceitos, algo que agora eu consigo fazer.

Gêneros Textuais- Diferentes formas de expressão textual. Como por exemplo: poesia, crônicas, jornal, charge, carta, blog entre outros.

Tipos de Texto- Cada gênero de texto possui um tipo específico, estes tipos podem ser: narração, descrição, argumentação, injução e exposição.

Podemos iniciar o trabalho de alfabetização explorando a leitura de diversos gêneros textuais e cada gênero pertence a um tipo de texto. Porém, para aprofundar mais os meus conhecimentos sobre gêneros textuais e tipos de textos fiz uma pesquisa na internet e aqui segue o seu resultado:
 
A fim de simplificar o entendimento de diversos estudos em torno desse assunto, foi criado o quadro abaixo, pautando-se no estudo de Luiz Antônio Marcushi. 

Tipos textuaisGêneros textuais
Designam uma seqüência definida pela  natureza lingüística de sua composição. São observados aspectos lexicais, sintáticos, tempos verbais, relações lógicas.São os textos materializados encontrados em nosso cotidiano. Esses apresentam características sócio-comunicativasdefinidas por seu estilo, função, composição, conteúdo e canal.
Narração
Descrição
Argumentação
Injunção
Exposição
Carta pessoal, comercial, bilhete
Diário pessoal, agenda, anotações
Romance
Resenha
Blog
E-mail 
Bate-papo (Chat)
Orkut
Vídeo-conferência 
Second Life (Realidade virtual)
Fórum
Aula expositiva, virtual 
Reunião de condomínio, debate
Entrevista
Lista de compras
Piada
Sermão
Cardápio
Horóscopo
Instruções de uso
Inquérito policial
Telefonema etc.
                                                               Fonte: http://www.cintiabarreto.com.br/didatica/generostextuais.shtml 


Abraços,
Iracema Pereira

sexta-feira, 1 de maio de 2009

Processos iniciais de leitura e escrita

Na última aula de TAELP discutimos um texto sobre os processos iniciais de leitura e escrita. Com essa aula uma das coisas que aprendi é que na fase inicial da alfabetização a criança não entende que a escrita é uma representação da fala. Assim a criança formula suas hipóteses e vai lendo da sua forma.
Podemos perceber isso claramente no vídeo onde Telma Weisz trabalha com crianças os processos de aquisição da leitura e da escrita. Segue o seu link:


 Abraços,
Iracema Pereira

Meu contentamento e meu receio

No dia 30 de abril eu tive mais uma aula de Tendências Atuais do Ensino de  Língua Portuguesa. Não vim escrever esse post com o intuito de "puxar o saco", porém não posso negar, essa é uma das disciplinas que faço questão de estar presente, não importa se lá fora está fazendo muito sol ou muita chuva. O motivo é bem simples: eu realmente aprendo a ensinar e a ter orgulho do que serei ao me formar. Além disso, estou me apaixonando pelo universo infantil e suas descobertas.
Com essa nova paixão nascendo em mim, é muito triste perceber que alguns colegas professores não valorizam os profissionais que atuam apenas até o quinto ano, achando inclusive que somos menores que eles. Mas como são tolos esses professores, pois alfabetizar é ver a mágica acontecer!
Esquecendo esse assunto e voltando para a minha faculdade, eu posso dizer nesse momento, que mesmo muito receosa, eu me encontro muito feliz por estar tendo essa oportunidade de aprender tanto. Mas o motivo de estar receosa é que com minha vida corrida talvez não consiga tempo de realizar todas as tarefas exigidas pelo professor Ivan. Porém, não vou preocupar-me agora se irei ou não ser aprovada, eu só me preocupo nesse instante em aprender e sei que toda quinta eu tenho um encontro marcado com o conhecimento.

Abraços, 
Iracema Pereira